5 crackers enroscados com a justiça


Na semana passada acompanhamos a prisão do cracker Kim Dotcom, criador do site Megaupload, por sua, digamos, contribuição à pirataria.
Mas a história de Kim se junta a de outras dezenas de crackers espalhados pelo mundo e que já enfrentaram problemas com a justiça.

Gary McKinnon
Aos 40 anos, este cracker escocês foi acusado pelo governo americano de invadir computadores do governo dos Estados Unidos, como Exército, Força Aérea, Marinha e NASA. Seu acesso a 97 máquinas da rede fizeram com que o governo desligasse os sistemas, o que causou prejuízos de US$ 700 mil. McKinnon teve de enfrentar o pedido de extradição, o que ainda não foi determinado pela justiça de seu país. O cracker alegou que invadiu os sistemas para procurar evidências de tecnologias alienígenas guardadas pelos americanos (!!).

David Smith
Em 1999, Smith foi o autor do vírus Melissa, que se espalhou pelo mundo como uma corrente de e-mail. Foi o primeiro cracker enviado a uma prisão federal por este tipo de crime e sentenciado a 10 anos de prisão, mas sua colaboração com o FBI fez com que sua pena fosse reduzida em 2003 para apenas 20 meses.

Onel A. de Guzman
O estudante de computação das Filipinas chegou a ser considerado o cracker mais procurado da história. Ele foi o responsável por criar o vírus “Love Bug”, que se espalhou e infectou mais de 84 milhões de usuários em todo o mundo, causando prejuízos de até US$ 8,7 bilhões. O vírus só atingia máquinas com Windows e até mesmo sistemas da CIA chegaram a ser contaminados. O jovem alegou que se tratava de um trabalho de faculdade e não foi condenado, pois seu país também não possuía legislação específica para esse tipo de crime.

Robert Tappan Morris
Este americano foi o responsável por criar o primeiro worm para computador, conhecido como Morris Worm. Em 1986 ele foi o primeiro a ser acusado sob a recente lei contra fraudes digitais, sendo sentenciado a 3 anos de prisão, 400 horas de serviço comunitário e uma multa de US$ 10,500. Atualmente Morris é professor de pesquisa no laboratório do MIT.

Kevin Mitnick
Kevin se tornou um dos crackers mais procurados nos Estados Unidos, após ser acusado de roubar o software da empresa Digital Equipment Corporation, além de burlar os serviços de empresas de telecomunicações como Nokia e Motorola. Porém, sua prisão virou até livro e filme. Em 1995, após atacar o computador do pesquisador Tsutomu Shimomura, Mitnick foi rastreado pelo FBI com a ajuda do japonês e teve de cumprir 5 anos na prisão. Hoje dá palestras e faz consultorias de segurança digital.