Parece sensacionalismo dizer que a quarta revolução industrial está chegando, mas o evento é tão real quanto o nascer do sol amanhã, e agora já podemos ver a chegada desse evento em nosso país com o Carrefour.
Muito nos perguntamos sobre os empregos das pessoas, sobre adaptações e instalações, porém se nos acomodarmos e esquecermo-nos de realizar uma atualização no nosso conhecimento, a revolução nos pegará de surpresa, tirando emprego e bem estar de muitas pessoas. Entendendo o lado do Carrefour para o bem da sociedade, vemos que no atual estado de pandemia que o mundo se encontra, a melhor coisa a se fazer é deixar os funcionários trabalhando de casa, mas as empresas não podem parar de funcionar, então nada mais junto do que criar um comércio menos populoso de funcionários e mais livre para os clientes, com menos contato físico e humano, o tal do distanciamento social, então como um novo experimento o Carrefour readaptou duas novas lojas e anunciou que já está funcionando em um condomínio residencial no Centro de São Bernardo do Campo e em um coworking no bairro do Brooklin, em São Paulo.
O diretor de inovação da companhia, Luiz Rufino, pontua que a novidade tem 3 pilares: deixar a companhia mais próxima do cliente, entregar mais comodidade e oferecer uma experiência de consumo mais fluida.
Ele comenta que um dos principais problemas dos consumidores no setor de mercados é o caixa. A demora das filas é um fator que acaba fazendo as pessoas perderem bastante tempo, não agregando nenhum tipo de valor.
Uma loja assim, não possui operadores de caixa, ou seja, podemos ver que a função de operar um PDV está chegando ao fim, entretanto o diretor do Carrefour afirma que mesmo que a função de operar caixa chegue ao fim em um futuro próximo, os funcionários da loja com certeza dispõem de outras capacidades, disse Rufino, ou seja como citei no início, precisamos atualizar nossos conhecimentos e maneira de pensar e principalmente visar trabalhar com área que acompanham a tecnologia.
Por isso, Rufino afirma que “culturalmente” os estabelecimentos ainda são um teste, já que o modelo seguirá recebendo feedbacks e sugestões de melhoria. Ele diz que, se o modelo funcionar no Brasil, dará certo em qualquer lugar.
“O país nos traz grandes desafios no quesito inovação, mas toda a estrutura foi preparada para funcionar da maneira mais segura possível. Além disso, nós apostamos que vai funcionar porque temos uma relação de confiança com os clientes”, defende o executivo.
Segurança
As lojas autônomas são equipadas com várias ferramentas de segurança digital para diminuir as chances de que fraudes ocorram. O primeiro fator é o próprio ambiente controlado em que elas estão, um prédio comercial e um condomínio fechado.
Além disso, a identificação e o controle das entradas e saídas da loja são realizados por meio do aplicativo “Meu Carrefour”. Nesse sentido, a aposta é que a própria pessoa já tenha certo nível de proteção no smartphone, já que para realizar a compra é preciso acessar o app e ainda fornecer o código do cartão de crédito, (o CVV), por exemplo.
Caso tudo isso seja burlado, Rufino lembra que a empresa realiza um acompanhamento de perto de cada compra realizada no local.
“A loja tem refrigerantes, produtos de higiene e frios, é quase uma conveniência. Então, o possível fraudador não conseguiria obter uma grande vantagem. Nós também conhecemos o ticket médio e sabemos que não é costumeiro comprar grandes valores. Então qualquer coisa nesse sentido, nós já ficamos alertas”, ele salienta.
Como é a experiência de compra?
Para fazer a compra nas lojas autônomas, a pessoa precisa baixar e criar uma conta no aplicativo Meu Carrefour. Com o app no celular, basta acessar a opção “Scan & Go” e aproximar o QR code exibido da catraca do estabelecimento.
Os produtos escolhidos precisam ser escaneados pelo celular para aparecer no carrinho virtual. Com a conferência, é possível ir acompanhando em tempo real o valor da compra. É preciso realizar o pagamento com cartão de crédito antes de sair do local também utilizando um QR code, que libera a porta.
As duas lojas estão em fase de testes e com a adaptação da sociedade, em um futuro bem recente muitas empresas adaptarão o método de trabalho, gerando novos empregos para a área de tecnologia como Data Science, Desenvolvedores, Análise e Suporte, Análise e Segurança da Informação, entre outros.