A velocidade da Internet banda larga no Brasil é alvo constante de reclamação de usuários, que alegam receber muito menos do que contratam. A regulação desse serviço é feito pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que, desde o início deste mês, determinou que as operadoras devem entregar pelo menos uma transmissão média mensal de 70% do plano contratado. Para te ajudar, o TechTudo reuniu tudo o que você precisa saber sobre como funcionam as regras da lei da banda larga e onde você pode exigir seus direitos.
Como funciona?
Em 2011, a Anatel promoveu mudanças no Regulamento do Serviço de Comunicação Multimídia (SCM), que versa sobre a prestação do serviço de Internet banda larga fixa desde 2001. A medida tem como objetivo melhorar a qualidade do serviço, estabelecendo critérios de avaliação, obtenção de dados e acompanhamento da qualidade da prestação do serviço, bem como as informações que devem ser enviadas à Anatel.
No início de novembro de 2013, a agência publicou uma norma que obriga provedores de Internet banda larga a respeitar a média mensal de, no mínimo, 70% da velocidade contratada pelo assinante. A norma estabelece ainda que a velocidade instantânea, medida no momento do acesso, não pode estar abaixo de 30% do valor contratado.
Ao contratar um plano de 10 Mbps, por exemplo, o cliente deverá ter a média mensal de velocidade mínima de 7 Mbps. Já a velocidade instantânea, aferida em velocímetro no momento da conexão, deve ser de, pelo menos, 30% do plano contratado. Ou seja, 3 Mbps no nosso exemplo.
Os percentuais valem tanto para taxa de download (dados recebidos) quanto para upload (dados enviados). Fica determinado também que, se a operadora entregar uma velocidade média abaixo do estabelecido por vários dias, será obrigada a compensá-la, no restante do mês, para atingir a meta de média mensal de 70%.
Anteriormente, os limites eram de 60% de média mensal mínima e 20% de velocidade instantânea. As metas de qualidade estipuladas nos regulamentos de gestão da qualidade dos serviços de banda larga fixa e móvel preveem o aumento do limite para 80% e 40%, respectivamente, em novembro do próximo ano.